Setor de serviços despenca em março, atingindo hotéis, bares, turismo e restaurantes

Atividade já vinha de um desempenho ruim em fevereiro, mas situação se agravou com a pandemia

O volume de serviços caiu 6,9% de fevereiro para março, na queda mais intensa da série histórica, iniciada em 2011, segundo o IBGE. “Os impactos observados foram sentidos especialmente no último terço do mês de março, quando começaram as medidas de isolamento social devido à Covid-19”, diz o instituto, lembrando no mês anterior já havia registrado retração de 1%.

De acordo com a pesquisa divulgada nesta terça-feira (12), o setor teve queda de 2,7% na comparação com março do ano passado. No primeiro trimestre, tem variação de -0,1%. Em 12 meses, ainda mostra taxa positiva (0,7%).

Segundo o IBGE, em março houve retração nas cinco atividades pesquisadas, com destaque para serviços prestados às famílias: -31,2% – apenas as áreas de alojamento e alimentação recuaram 33,7%. No segmento de transportes e serviços auxiliares, que também inclui o correio, a queda foi de 9%. Empresas de transporte aéreo tiveram queda de 27,5% na receita e as terrestres, de 10,6%.

Em relação a março de 2019, a queda de 33,4% nos serviços prestados às famílias mostram forte impacto das medidas de isolamento social, “que levaram à interrupção parcial ou total do funcionamento de estabelecimentos como restaurantes e hotéis. Já o recuo de 3,4% dos serviços profissionais, administrativos e complementares reflete perda de receita em empresas de administração de programas de fidelidade, agências de viagem e segurança privada, entre outras.

A principal contribuição positiva, de 13,7%, veio do setor “outros serviços”. Foi “impulsionado, principalmente, pela maior receita das empresas de corretoras de títulos, administração de bolsas e mercados; e corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde”.

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